Nilo pode romper com Rui para caminhar com Neto
O deputado federal Marcelo Nilo (PSB) está com as malas prontas para desembarcar da base aliada do governo do estado. Aliado do PT há 32 anos, o parlamentar, que não poupou críticas ao senador Jaques Wagner (PT) em conversa com o programa Isso é Bahia, da Rádio A TARDE FM, nesta quarta-feira, 9, acusa a sigla de tê-lo abandonado.
Para Nilo, que tem sido cortejado pelo grupo político do ex-prefeito ACM Neto, a sua entrada ou não para a esfera de influência da oposição ao PT no estado se dará após uma avaliação do que ‘é o melhor para Bahia’.
Em 2014, relata Nilo, ACM Neto o convidou para ser candidato ao Senado, convite que, embora tenha sido recusado, foi bem recebido pelo parlamentar. “Já que os aliados não lhe dão a oportunidade que você merece e o adversário lhe convida, fiquei feliz , mas disse que não”, contou.
Agora, de acordo com Nilo, caso ACM Neto o convide novamente, ele irá refletir junto com familiares e seu grupo político para tomar uma decisão.
“O que eu venho dizendo é se ACM Neto me convidar a ser candidato a senador, eu vou ouvir a família, vou ouvir o deputado (estadual) Marcelinho Veiga (PSB), vou ouvir os prefeitos, os vereadores, os líderes comunitários, e vou tomar a decisão que for melhor para a Bahia”, disse.
Segundo o parlamentar, após iniciar conversações com o grupo político de ACM Neto, o senador Jaques Wagner iniciou uma série de ataques contra ele.
“Deu uma celeuma danada. E aí Wagner vem, me agride, me ofende, diz que vou ter um fim triste”, revelou. “Ora, só tem um final feliz ao lado dele? você tem que ter humildade. Otto (Alencar, PSD), João leão (PP), Adolfo (Menezes, PSD), mudaram de lado e cresceram na política. Cada um tem que tomar decisão que for melhor para seu grupo político e principalmente para o estado da Bahia”, reclamou.
Na terça-feira, 8, um aliado de Nilo, Nestor Duarte, pediu exoneração da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), em que detinha o cargo de secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização. O movimento foi visto com uma chancela da saída Nilo de base de apoio ao governo do estado.
No entanto, segundo o deputado, a decisão cabe a ele. “Primeiro, eu só saio do PSB quando quiser. Wagner não tem força, não manda no meu partido. Eu vou sair no dia que o executiva nacional achar que eu deva sair ou quando eu querer sair. A decisão é minha”.
Questionado se ficaria na base de apoio a Rui Costa caso as conversações com o grupo político de ACM Neto não avancem, Nilo foi categórico: “Primeiro, eu não quero permanecer”, e complementou: “Se o PT foi ingrato comigo, me abandonou, não importa. O importante é a Bahia.”.
Fonte: Atarde