Alucinados por curtidas e cliques
Una: Será que likes e cliques são termômetros de credibilidade no “Jornalismo”
Tenho notado que com o avançar dos anos e o crescimento da internet, surgiram muitos blogs e sites, que seria deveras bom se não fosse a maneira como são construídos seus conteúdos em divulgado como armas. Vemos muitos pseudos-blogs e até mesmo sites partindo para uma linha de sensacionalismo irracional, movido pelo ódio e a intolerância contra pessoas ou ideias.
Não compreendo o que motiva o cidadão comum acompanharem pessoas desprovidas de senso racional e de verdade e que só usam seus dons para ataques pessoais e para satisfazer suas magoas.
Sou blogueiro de horas vagas, não sou jornalista, mas, sempre me preocupo, ao escrever, em não emitir uma opinião movida por um sentimento irracional e de ódio. Pauto meus artigos na relevância que significará ao público em geral. Do contrário, nem os publico e muito menos destilo veneno pelas redes sociais.
Não há nada de errado em manifestar sua opinião nas redes sociais, mas, existe uma linha tênue entre expressar sua opinião e expressar suas mágoas, cuidado com isto.
O que agrava mais esta questão do jornalismo sangrento e sensacionalista, é que existe uma leva de acadêmicos de jornalismo que, nem ao menos saíram da “casca” e já estão maculando o título de uma das profissões mais nobres que, eu, particularmente, considero um “sacerdócio”.
De uma coisa tenho certeza, este tipo de postura não se aprende no banco de faculdade. Médicos, Advogados, Jornalistas e tantas outras profissões importantes aprendem nas academias, como exercer com excelência suas atividades. Porém, aqueles que se enveredam na contramão do que lhes foi ensinado, é por puro e simples desvio de caráter. E, infelizmente, bom caratismo não se aprende na escola, não faz parte da grade curricular de nenhuma universidade.
A minha pequena e doce cidade de Una, vem sendo vítima deste tipo de abutres travestidos de paladinos da moral que torcem pelo caos, comemoram e capitalizam com a desgraça e a dor alheia.
Por Rubem Gama, servidor público e acadêmico de Direito