“Síndrome do Lobisomem”: Menina de dois anos enfrenta doença rara e preconceito
Adik Missclyen, uma menina de apenas dois anos, nascida na Malásia, vive com uma condição extremamente rara chamada hipertricose, mais conhecida como “Síndrome do Lobisomem”. A doença provoca um crescimento anormal e excessivo de pelos por todo o corpo, especialmente no rosto. Além disso, Adik nasceu sem fossas nasais, precisando passar por uma cirurgia logo após o nascimento para criar os canais necessários à respiração.
A hipertricose é uma condição rara e enigmática, sem causas conhecidas ou tratamentos eficazes até o momento. Ela pode afetar tanto homens quanto mulheres, manifestando-se desde o nascimento ou ao longo da vida. No caso de Adik, segundo o jornal The Mirror, a doença esteve presente desde o seu nascimento, o que faz dela um dos casos mais raros registrados.
Embora a hipertricose não afete o desenvolvimento físico ou cognitivo da menina, o maior obstáculo que Adik e sua família enfrentam é o preconceito. Seus pais, Roland Jimbai, de 47 anos, e Theresa Guntin, de 28, revelaram que, inicialmente, evitavam expor a filha em público, temendo os olhares e comentários cruéis.
No entanto, a família decidiu adotar uma nova postura. Em vez de se esconder, passaram a levar Adik para todos os lugares, com o objetivo de normalizar sua aparência e combater o estigma. Além disso, os pais começaram a compartilhar fotos e vídeos da menina nas redes sociais, numa tentativa de sensibilizar as pessoas sobre a doença e diminuir o preconceito. Aos poucos, a estratégia vem funcionando, com muitos internautas mostrando empatia e deixando de lado julgamentos preconceituosos.
A jornada de Adik e sua família é uma luta não apenas contra uma condição rara, mas também contra as barreiras sociais que ela impõe. Ao promoverem visibilidade, esperam construir um futuro mais inclusivo e compassivo para todos que enfrentam situações semelhantes.