Saúde

Picada do Aedes aegypti não coça e nem deixa marcas: saiba tudo sobre o mosquito vilão do Brasil

aewdes

Em meio a um surto de zika vírus no Brasil, muito se sabe a respeito de sintomas, complicações e outros dados de como a doença funciona dentro do corpo humano — mas, e em seu vetor, o mosquito aedes aegypti, como o vírus age? Todo exemplar do aedes é portador do zika? Eles só se alimentam de sangue humano? E por que precisam picar as pessoas?

Para responder a estas e muitas outras questões a respeito do maior vilão da saúde atual no Brasil, o R7 conversou com Fernando Bernardini, especialista em insetos, graduado pela Universidade de São Paulo (USP) e responsável pelo desenvolvimento de produtos na Bayer CropScience. Ele conta, entre outras coisas, que uma fêmea do aedes aegypti pode ter, ao longo de toda a sua vida, seis mil descendentes.

Mesmo que sua mãe esteja infectada pelo zika, nenhum dos ovos do aedes aegypti será portador do vírus. Eles são “isentos de infecções”, como define Bernardini. Depois que eclodem, estes ovos viram larvas, que duram uma média de cinco dias — depois, passam para a fase de pupa e, um dia depois, se transformam em adultos e finalmente saem da água.

Todo o ciclo leva mais ou menos sete dias. E, logo após virar adulto, antes mesmo do primeiro voo, o macho já fecunda a fêmea, que, entre três e cinco dias depois, já vai colocar seus primeiros ovos.

Só a fêmea do aedes aegypti pica. Ela precisa do sangue porque ele contém uma proteína necessária na hora de formar seus ovos. Não que, caso não se alimente, ela não consiga botá-los — eles serão apenas inférteis, como esclarece Bernardini.

Em um mês, uma fêmea põe ovos de 15 a 20 vezes. E a quantidade de ovos é variável de acordo com a qualidade da fêmea, mas podem ser de 150 a 300, em média. E, destes ovos, 80% serão viáveis e se tornarão novos mosquitos.

Enquanto apenas a fêmea precisa se alimentar de proteína, tanto ela quanto o macho têm necessidade, também, de ingerir carboidratos. Eles estão presentes no néctar das flores, que os mosquitos bebem ao longo do dia.

Bernardini explica que, embora animais silvestres como gambás, roedores e alguns outros mamíferos funcionem como a reserva natural de alguns vírus, como o da dengue, por exemplo, não há, até agora, registros de bichos de estimação terem contraído o zika.

A dengue nos animais silvestres não é sintomática, eles não sofrem com a doença. No ambiente urbano, não há dúvida de que, entre nós e os animais, o mosquito vai sempre nos preferir. Nos cães e gatos, por exemplo, a quantidade de pelos é muito grande.  Às vezes o mosquito pode até picar ao redor dos olhos, mas é raro.

O aedes aegypti tem preferência por ambientes internos. De acordo com o entomologista, o mosquito vai sempre preferir ficar dentro de casa do que em um jardim, por exemplo.

A exposição dele ao sol pode desidratá-lo, ele também dá preferência à sombra.

A crença de que o mosquito não chega a andares altos não passa de mito. Bernardini explica que, além do elevador, ele também pode chegar às alturas pegando carona em correntes, sem precisar voar. Além disso, o aedes aegypti também pode ir subindo os andares dos prédios aos poucos, um por um, ao longo de dias seguidos.

Embora ainda não haja um estudo específico sobre o tempo que o vírus zika permanece incubado dentro do organismo do aedes aegypti, os especialistas acreditam que o período deva ser similar àquele que o vírus da dengue demora para se tornar ativo nas mesmas condições: cerca de cinco dias. Depois disso, ele já vai infectar qualquer pessoa que picar. Em meio a um surto de zika vírus no Brasil, muito se sabe a respeito de sintomas, complicações e outros dados de como a doença funciona dentro do corpo humano — mas, e em seu vetor, o mosquito aedes aegypti, como o vírus age? Todo exemplar do aedes é portador do zika? Eles só se alimentam de sangue humano? E por que precisam picar as pessoas?

Para responder a estas e muitas outras questões a respeito do maior vilão da saúde atual no Brasil, o R7 conversou com Fernando Bernardini, especialista em insetos, graduado pela Universidade de São Paulo (USP) e responsável pelo desenvolvimento de produtos na Bayer CropScience. Ele conta, entre outras coisas, que uma fêmea do aedes aegypti pode ter, ao longo de toda a sua vida, seis mil descendentes.

Mesmo que sua mãe esteja infectada pelo zika, nenhum dos ovos do aedes aegypti será portador do vírus. Eles são “isentos de infecções”, como define Bernardini. Depois que eclodem, estes ovos viram larvas, que duram uma média de cinco dias — depois, passam para a fase de pupa e, um dia depois, se transformam em adultos e finalmente saem da água.

— Todo o ciclo leva mais ou menos sete dias. E, logo após virar adulto, antes mesmo do primeiro voo, o macho já fecunda a fêmea, que, entre três e cinco dias depois, já vai colocar seus primeiros ovos.

Só a fêmea do aedes aegypti pica. Ela precisa do sangue porque ele contém uma proteína necessária na hora de formar seus ovos. Não que, caso não se alimente, ela não consiga botá-los — eles serão apenas inférteis, como esclarece Bernardini.

— Em um mês, uma fêmea põe ovos de 15 a 20 vezes. E a quantidade de ovos é variável de acordo com a qualidade da fêmea, mas podem ser de 150 a 300, em média. E, destes ovos, 80% serão viáveis e se tornarão novos mosquitos.

Enquanto apenas a fêmea precisa se alimentar de proteína, tanto ela quanto o macho têm necessidade, também, de ingerir carboidratos. Eles estão presentes no néctar das flores, que os mosquitos bebem ao longo do dia.

Bernardini explica que, embora animais silvestres como gambás, roedores e alguns outros mamíferos funcionem como a reserva natural de alguns vírus, como o da dengue, por exemplo, não há, até agora, registros de bichos de estimação terem contraído o zika.

— A dengue nos animais silvestres não é sintomática, eles não sofrem com a doença. No ambiente urbano, não há dúvida de que, entre nós e os animais, o mosquito vai sempre nos preferir. Nos cães e gatos, por exemplo, a quantidade de pelos é muito grande.  Às vezes o mosquito pode até picar ao redor dos olhos, mas é raro.

O aedes aegypti tem preferência por ambientes internos. De acordo com o entomologista, o mosquito vai sempre preferir ficar dentro de casa do que em um jardim, por exemplo.

— A exposição dele ao sol pode desidratá-lo, ele também dá preferência à sombra.

A crença de que o mosquito não chega a andares altos não passa de mito. Bernardini explica que, além do elevador, ele também pode chegar às alturas pegando carona em correntes, sem precisar voar. Além disso, o aedes aegypti também pode ir subindo os andares dos prédios aos poucos, um por um, ao longo de dias seguidos.

Embora ainda não haja um estudo específico sobre o tempo que o vírus zika permanece incubado dentro do organismo do aedes aegypti, os especialistas acreditam que o período deva ser similar àquele que o vírus da dengue demora para se tornar ativo nas mesmas condições: cerca de cinco dias. Depois disso, ele já vai infectar qualquer pessoa que picar.

Em meio a um surto de zika vírus no Brasil, muito se sabe a respeito de sintomas, complicações e outros dados de como a doença funciona dentro do corpo humano — mas, e em seu vetor, o mosquito aedes aegypti, como o vírus age? Todo exemplar do aedes é portador do zika? Eles só se alimentam de sangue humano? E por que precisam picar as pessoas?

Para responder a estas e muitas outras questões a respeito do maior vilão da saúde atual no Brasil, o R7 conversou com Fernando Bernardini, especialista em insetos, graduado pela Universidade de São Paulo (USP) e responsável pelo desenvolvimento de produtos na Bayer CropScience. Ele conta, entre outras coisas, que uma fêmea do aedes aegypti pode ter, ao longo de toda a sua vida, seis mil descendentes.

Mesmo que sua mãe esteja infectada pelo zika, nenhum dos ovos do aedes aegypti será portador do vírus. Eles são “isentos de infecções”, como define Bernardini. Depois que eclodem, estes ovos viram larvas, que duram uma média de cinco dias — depois, passam para a fase de pupa e, um dia depois, se transformam em adultos e finalmente saem da água.

— Todo o ciclo leva mais ou menos sete dias. E, logo após virar adulto, antes mesmo do primeiro voo, o macho já fecunda a fêmea, que, entre três e cinco dias depois, já vai colocar seus primeiros ovos.

Só a fêmea do aedes aegypti pica. Ela precisa do sangue porque ele contém uma proteína necessária na hora de formar seus ovos. Não que, caso não se alimente, ela não consiga botá-los — eles serão apenas inférteis, como esclarece Bernardini.

— Em um mês, uma fêmea põe ovos de 15 a 20 vezes. E a quantidade de ovos é variável de acordo com a qualidade da fêmea, mas podem ser de 150 a 300, em média. E, destes ovos, 80% serão viáveis e se tornarão novos mosquitos.

Enquanto apenas a fêmea precisa se alimentar de proteína, tanto ela quanto o macho têm necessidade, também, de ingerir carboidratos. Eles estão presentes no néctar das flores, que os mosquitos bebem ao longo do dia.

Bernardini explica que, embora animais silvestres como gambás, roedores e alguns outros mamíferos funcionem como a reserva natural de alguns vírus, como o da dengue, por exemplo, não há, até agora, registros de bichos de estimação terem contraído o zika.

— A dengue nos animais silvestres não é sintomática, eles não sofrem com a doença. No ambiente urbano, não há dúvida de que, entre nós e os animais, o mosquito vai sempre nos preferir. Nos cães e gatos, por exemplo, a quantidade de pelos é muito grande.  Às vezes o mosquito pode até picar ao redor dos olhos, mas é raro.

O aedes aegypti tem preferência por ambientes internos. De acordo com o entomologista, o mosquito vai sempre preferir ficar dentro de casa do que em um jardim, por exemplo.

— A exposição dele ao sol pode desidratá-lo, ele também dá preferência à sombra.

A crença de que o mosquito não chega a andares altos não passa de mito. Bernardini explica que, além do elevador, ele também pode chegar às alturas pegando carona em correntes, sem precisar voar. Além disso, o aedes aegypti também pode ir subindo os andares dos prédios aos poucos, um por um, ao longo de dias seguidos.

Embora ainda não haja um estudo específico sobre o tempo que o vírus zika permanece incubado dentro do organismo do aedes aegypti, os especialistas acreditam que o período deva ser similar àquele que o vírus da dengue demora para se tornar ativo nas mesmas condições: cerca de cinco dias. Depois disso, ele já vai infectar qualquer pessoa que picar.

Via r7

Rubem Gama

*Servidor público municipal, acadêmico de Direito, jornalista (MTB nº 06480/BA), ativista social, criador da Agência Gama Comunicação e do portal de notícias rubemgama.com. E-mail: contato@rubemgama.com

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