Meio Ambiente

Relação criminosa: Suzano Papel e Celulose e Agência Nacional de Águas

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Foto: Site Bahia Extremo Sul

Não é de hoje que a população vem sofrendo com os crimes ambientais da Suzano e a complacência dos órgãos reguladores governamentais.
Em reunião realizada em abril de 2013 na sede da sub prefeitura Itabatã, a Agência tratou de assuntos sobre a outorga de água do Rio Mucuri para a Suzano Papel e Celulose. Na oportunidade estavam presentes a Raquel Sado e o Jackson, ambos da superintendência de fiscalização da ANA. Representando a Prefeitura de Mucuri estavam Sílvio Kleber, Chefe de Gabinete do prefeito e o fiscal ambiental Fábio Pontes. Representando a Câmara de Vereadores estiveram presentes os parlamentares Sérgio Augusto e Edson Matos.
Os funcionários da ANA informaram que a Suzano estava operando de forma ilegal desde 2010, produzindo uma Concentração de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) acima do permitido pela sua outorga de água e sem nenhuma perspectiva de readequação as normativas da outorga, a Suzano teria solicitado uma reavaliação da sua licença, para que não precisasse aumentar o grau de eficiência na despoluição dos seus efluentes e consequentemente onerar sua produção. A presença de um alto teor de matéria orgânica pode induzir ao completo esgotamento do oxigênio na água produzindo sabores e odores desagradáveis além de provocar o desaparecimento de peixes e outras formas de vida aquática.
Segundo os superintendentes de fiscalização da ANA, a equipe estaria na cidade para avaliar as irregularidades encontradas nas contra provas dos testes de laboratórios enviados pela Suzano, onde vários deles não eram compatíveis com os encomendados pela agencia (numa clara constatação de que estes eram adulterados pela Suzano). Os superintendentes informaram que a empresa não estava conseguindo se adequar as normas ambientais estabelecidas, portanto havia proposto ranquear o Rio Mucuri para a categoria 3, para que pudesse receber um número maior de efluentes com um elevada concentração de DBO, já que o nível de matéria orgânica jogadas nessa categoria de rio de forma legal é bem maior, tornando assim a sua operação de forma irregular e criminosa numa operação legal e outorgada pela ANA.
A consequência desses desrespeitos ao rio Mucuri, à comunidade e a legislação ambiental do Brasil, tem sido o extermínio contínuo da vida aquática e inviabilidade do uso das águas do rio que estão impróprias para uma série de uso. Uma enorme cadeia de prejudicados vai se formando ao longo do curso do Mucuri, no epicentro desse efeito dominó Pescadores e comunidades ribeirinhas são os mais afetados, tendo seu sustento e a sua saúde furtada por um sistema que promove uma série de mazelas e um grande caos social sempre camuflado sob a bandeira do progresso.

Suzano Papel e Celulose e Órgãos  Reguladores Governamentais: Relação criminosa ou promiscuidade?

Conclamo ao Ministério Público para abrir investigação sobre as outorgas e autorizações de funcionamento da Unidade Mucuri.

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A Suzano Papel e Celulose vem sendo denunciada por este blogueiro há algum tempo sobre o desrespeito com o meio ambiente e poluição do ar que pode causar até câncer e matar pessoas (LEIA AQUI MATÉRIA COMPLETA), sem obter resposta a contento para sanar o problema.

Por Rubem Gama – Com informações de www.bahiaextremosul.com

Rubem Gama

*Servidor público municipal, acadêmico de Direito, jornalista (MTB nº 06480/BA), ativista social, criador da Agência Gama Comunicação e do portal de notícias rubemgama.com. E-mail: contato@rubemgama.com

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