Verão Guriri 2024: Folia democratiza oportunidades de faturamento

Por Aguilar Alves – Secom PMSM

A alta temporada gera milhares de empregos e renda para todo mundo – desde o ambulante ao grande empresário do ramo. Turismo é quente! E Guriri é a maior empresa a céu aberto do Norte Capixaba, e como diria o prefeito de São Mateus, Daniel Santana, “sem chaminé, sem poluição”.

Cada pessoa que vem curtir o verão em Guriri é um consumidor, do mais humilde ao mais abonado, e quando acontecem eventos, apenas na praça do Centro, são milhares de pessoas concentradas todas as noites.

R$ 9 BILHÕES
O Carnaval deve movimentar R$ 9 bilhões no setor de turismo no Brasil em 2024. A cifra é cerca de 10% superior aos R$ 8,2 bilhões movimentados durante o feriado em 2023 e o maior resultado para o período pós-pandemia. A estimativa da CNC (Confederação Nacional do Comércio).

FIQUE À VONTADE
Muitos em Guriri estão em casas alugadas para temporada, e pagam diárias que, em média, vão de R$ 300 a mais de R$ 2.500,00 conforme a estrutura do imóvel e os gostos dos clientes: não é difícil encontrar em oferta casas completamente mobiliadas, com piscina, sauna, hidromassagem e oito vagas na garagem.

Uma vez instalado o veranista, em imóvel próprio ou alugado, vêm as despesas extras, que se somam à estadia. Quinze pessoas na casa? Quinze bocas para o café da manhã, almoço, lanche, às vezes uma janta… haja padaria, açougue e mercearia: as filas são inevitáveis, enquanto o dinheiro flui para o caixa dos comerciantes.

Mas para um bom percentual dos turistas, a ordem é evitar esse tipo de preocupação: hospedar-se num hotel ou em uma das muitas pousadas locais é simples, prático e na maioria das vezes, garante o café da manhã, sem o atropelo na padoca. Excelente para quem investiu no ramo de hotelaria.

ATÉ CHEGAR PERTO DO TRIO
Quem mora ou está instalado em Guriri, na maioria das vezes pode ir caminhando. Para quem mora mais distante, mesmo na própria Ilha, que é a maior do Litoral Capixaba, com mais de 40 km de extensão, chega de carro, moto ou bike. O Balneário também é atendido por linhas de transporte coletivo.

Há os que vêm da própria cidade, dos bairros além do Rio Mariricu. Se vêm de carro, tem o combustível. Mas há os que chegam de busão, de uber, de táxi… tem quem venha de mais longe, em excursão, mas o ônibus, a van, precisam de diesel…

E se o assunto é veículos e transportes, muita gente traz lancha ou jet-ski, que são abastecidos com combustível dos postos locais. Tem aqueles que não admitem carro sujo ou empoeirado, e fazem girar os lava-jatos.

NA HORA DA FESTA
Os mais conservadores levam sua própria bebida e às vezes, o lanche, mas com o carro cheio de bagagens, fica complicado trazer cerveja, refrigerante, água ou energético – para quatro, cinco ou mais dias – de outras cidades.

Quem ganha com isso são os supermercados e as distribuidoras de bebidas, entre as várias que existem em Guriri e São Mateus.

Há quem prefira comprar direto com os ambulantes, e eles são muitos: à noite estão espalhados às dezenas na praça dos trios, empurram seus carrinhos pela praia – um show dentro do show que é o carnaval – durante o dia e vendem de tudo: cerveja, refrigerante, água mineral, uísque, energético, vodka, ice, comida, adereços, brinquedos, bugigangas eletrônicas e o que mais a imaginação permitir.

Melhor assistir de fora? Tem os bares e suas áreas de proteção, de onde é possível apreciar sentado o movimento, com garçons à disposição. Só um lanchinho? Há dezenas de trailers e barracas faturando na Praça de Alimentação a céu aberto que é o Centro de Guriri.

TEM PRA TODO MUNDO
O Verão no melhor balneário do Espírito Santo é, ao mesmo tempo, uma grande festa e um imenso e democrático negócio. Do investidor que injeta milhares de reais num empreendimento comercial, ao reciclador, que silenciosamente circula entre o barulho dos trios, carretinhas e bazucas, satisfeito com a quantidade generosa de latas de alumínio, cuja venda vai ajudar em seu sustento.