Tecnologia

Um ano de ChatGPT: como a história da humanidade agora é escrita pela IA

O ChatGPT completou um ano e já pode ser considerado como a tecnologia mais disruptiva da década

Na opinião de Diogo Cortiz, novo colunista de Tilt, a OpenAI rompeu com paradigmas antigos quando decidiu, de maneira corajosa, colocar uma IA poderosa ao alcance de qualquer pessoa com acesso à internet.

Um ano depois de seu lançamento, nós ainda não conhecemos todas as consequências da IA, mas é possível constatar que muita coisa mudou no mercado da tecnologia desde o seu lançamento. Por isso, Cortiz separou alguns marcos importantes desses 12 primeiros meses de ChatGPT.

Competição acirrada
Com a popularidade do ChatGPT, as Big Techs se viram ameaçadas e tiveram que correr para não ficar para trás. A discussão de ética, segurança e governança, antes atores principais, viraram coadjuvantes.

Com Google, Microsoft e Meta na competição, a concorrência acirrada levou a uma consequência: um possível fechamento da ciência aberta.

A OpenAI desenvolveu o ChatGPT de maneira rápida por contar com um ecossistema de ciência aberta. Mas toda a perspectiva de abertura mudou depois do lançamento do GPT-4. No relatório técnico, a OpenAI deixa claro que não daria nenhum detalhe sobre a arquitetura de sua tecnologia por motivos de segurança e segredo comercial. Com isso, o Google também deve se fechar daqui em diante.

Regulação
A capacidade do ChatGPT de dar respostas e produzir conteúdos com tanta qualidade assustou muitas pessoas. Em poucos meses, surgiu a primeira carta, assinada por empresários e cientistas renomados, pedindo a pausa no desenvolvimento de modelos maiores do que o GPT-4.

Ao mesmo tempo, começou um movimento intenso de pesquisadores e pensadores que viam risco real de extinção da humanidade.

Organizações internacionais e governos que já discutiam a regulação da IA estão acelerando ainda mais o processo. Um retrato desse cenário é a ordem executiva assinada pelo presidente dos Estados Unidos Joe Biden que, de maneira ampla, busca entender as vantagens e riscos da IA nas mais diferentes dimensões da vida humana cotidiana.

Se até o ano passado, o tema de IA estava restrito aos laboratórios de pesquisas e comissões especializadas em parlamentos ao redor do mundo, agora o assunto é conversado na padaria, no ponto de táxi, no postinho de saúde e em rodas de amigos em um bar. Em apenas um ano, o ChatGPT inaugurou um novo capítulo na história da humanidade no qual a IA certamente será coautora.

Por UOL

Rubem Gama

*Servidor público municipal, acadêmico de Direito, jornalista (MTB nº 06480/BA), ativista social, criador da Agência Gama Comunicação e do portal de notícias rubemgama.com. E-mail: contato@rubemgama.com

Deixe uma resposta