Brasil Política

Ex-ajudante de Bolsonaro e o acordo de delação premiada

Por Rubem Gama*

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, foi solto da prisão neste sábado (9), após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologar seu acordo de delação premiada. Cid estava preso desde maio, acusado de participar de uma fraude em cartões de vacinação e de vender joias recebidas pelo governo brasileiro.

Em troca da delação, Cid poderá ter sua pena reduzida ou até mesmo perdoada. Ele deverá colaborar com as investigações sobre as suspeitas que envolvem Bolsonaro, como a de fraude em cartões de vacinação, a venda de joias recebidas pelo governo brasileiro e a trama para uma tentativa de golpe no país.

Condições para a liberdade

Para sair da prisão, Cid teve que cumprir uma série de condições impostas por Moraes. Ele deverá usar tornozeleira eletrônica, não sair de casa à noite, não ter contato com outros investigados e se afastar do Exército.

Principais investigações

Cid deverá colaborar com as seguintes investigações:

  • Fraude em cartões de vacinação: Cid está acusado de participar de uma fraude em cartões de vacinação de si mesmo, de sua família e de Bolsonaro e sua filha Laura. Ele deverá explicar se os dados, alterados antes de uma viagem aos Estados Unidos, foram modificados por sua orientação.
  • Venda de joias: Cid deverá explicar por que e a mando de quem ele e seu pai venderam dois relógios recebidos por Bolsonaro de outros chefes de estado.
  • Tramas golpistas: Cid é um personagem central em vários episódios envolvendo Bolsonaro, como a reunião no Palácio do Planalto em que o senador Marcos do Val disse ter ouvido do ex-deputado Daniel Silveira um plano para gravar Moraes.

Rubem Gama

*Servidor público municipal, acadêmico de Direito, jornalista (MTB nº 06480/BA), ativista social, criador da Agência Gama Comunicação e do portal de notícias rubemgama.com. E-mail: contato@rubemgama.com

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