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Polícia investiga paciente que não quis ser atendida por médico gay

Caso aconteceu no Hospital da Mulher, em Feira de Santana

Médico usou peruca em protesto contra caso de homofobia contra colega
Médico usou peruca em protesto contra caso de homofobia contra colega – Foto: Reprodução / Redes Sociais?A-A+

A Polícia Civil vai investigar a gestante que não quis ser atendida por um médico gay no Hospital da Mulher, em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. O objetivo é apurar o  crime de homofobia contra um médico ginecologista e obstetra que a atendeu.

O caso aconteceu no último dia 4, quando ganhou repercussão depois que um colega do profissional chegou a usar uma peruca como forma de protesto contra  a postura da paciente. 

“Imagina desacatar um profissional que está exercendo o seu trabalho de forma digna e humana, no seu ambiente de trabalho. O colega foi desacatado por uma paciente que disse que não gosta de ser atendida por homossexual. Ele ouviu e pediu que ela se retratasse, pacificamente. Ela repetiu e esse colega teve que se ausentar do plantão. Saiu para fazer uma denúncia de homofobia na delegacia, e restou a mim, amigo e colega dele, acolher essa paciente e a avaliar em retorno”, disse Carlos, colega da vítima,  em publicação nas redes sociais.

A prática de homofobia tem pena de um a três anos de prisão, além de multa. Além disso, a paciente pode responder por desacato, com pena de eis meses a dois anos de detenção e multa. Os envolvidos no caso serão ouvidos em delegacia na próxima semana. 

Fonte: A Tarde

Rubem Gama

*Servidor público municipal, acadêmico de Direito, jornalista (MTB nº 06480/BA), ativista social, criador da Agência Gama Comunicação e do portal de notícias rubemgama.com. E-mail: contato@rubemgama.com

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