Paralisação abusiva liderada pelo Sindiservim fracassa no primeiro dia em Mucuri; veja os números
Maioria dos servidores e professores não aderem à paralisação e escolas continuam funcionando normalmente
Por Rubem Gama – Atualizado em 16 de maio de 2023 às 23h13 – Imagem: Redes Sociais
A paralisação convocada pelo Sindicato dos Servidores do Município de Mucuri (Sindiservim) fracassou no primeiro dia de greve. Com baixa adesão dos servidores públicos e professores, a maioria das escolas continuou funcionando normalmente.
De acordo com o balanço geral da paralisação, 67,6% das escolas funcionaram normalmente, com uma taxa média de adesão de 12,6% dos servidores e 18,84% dos professores. Outras 16,7% das escolas funcionaram parcialmente, com uma taxa média de adesão de 18,78% dos servidores e 22,25% dos professores. Apenas 7,1% das escolas apresentaram baixo índice de eficiência operacional e cinco escolas da área rural, atendendo a 1,2% do total de alunos da rede municipal, não funcionaram.
A média geral de presença dos alunos foi de 72,1%, enquanto em dias letivos normais a média oscila entre 76% e 82%. A adesão média geral dos servidores da educação foi de 15,2% e dos professores, 19,4%.
A tentativa de paralisação, que se revestia de uma aura política comandada por veteranos do ensino público de Mucuri, novamente sofreu um grande revés, repetindo o padrão de fracassos anteriores. O movimento, que tinha como objetivo ser uma grande demonstração de força e unidade, murchou diante da resistência dos servidores, que decidiram não se permitir serem instrumentalizados pelas manobras do sindicato.
Famílias se posicionaram com coragem e determinação frente à pressão e ao assédio sofridos. Eles recusaram veementemente as táticas de intimidação do sindicato, protegendo seus filhos e mantendo o foco na educação de qualidade. Do mesmo modo, professores verdadeiramente comprometidos com a causa educacional rejeitaram as propostas enganosas e não hesitaram em se afastar do oportunismo e da barganha, priorizando o bem-estar e o futuro de seus alunos.
Muitos pais de alunos ficaram indignados com a pressão sofrida por parte do sindicato. Uma mãe, que preferiu não se identificar, relatou a angústia que sentiu ao pensar que suas filhas não poderiam ir à escola e agradeceu quando soube que as aulas aconteceriam normalmente.
A Prefeitura Municipal de Mucuri alega que a paralisação é “ilegal e abusiva”, uma vez que todas as reivindicações já foram atendidas e não há negociações em andamento. Além disso, a paralisação afeta serviços essenciais, como a educação.