PL entra na Justiça Eleitoral para cassar mandato de Moro
O PL, partido do presidente em exercício Jair Bolsonaro, entrou com ação contra o senador eleito Sérgio Moro (União Brasil) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), na tentativa de cassar o mandato do ex-juiz por supostas irregularidades em gastos e doações antecipadas da campanha.
Com a cassação de Sergio Moro, o partido do presidente Jair Bolsonaro conseguiria aproveitar uma nova eleição para eleger o nome de Paulo Martins, que ficou atrás do ex-juiz no último dia 2 de outubro, com 29%. Com 4% a mais, ele foi eleito com mais de 1,9 milhão de votos.
Embora a ação esteja sendo realizada pelo diretório paranaense do PL, tem aval do presidente nacional da sigla, Valdemar da Costa Neto, de acordo com informações do jornal O Globo.
No Twitter, o ex-magistrado reagiu e disse que ficou sabendo da ação pela imprensa e chamou os dirigentes do PL paranaense de “maus perdedores” e “que resolveram trabalhar para o PT”.
“Da minha parte, nada temo, pois sei da lisura das minhas eleições. Agora impressiona que há pessoas que podem ser tão baixas. O que não conseguem nas urnas, tentam no tapetão”, tuitou.
Reunião com Bolsonaro
A notícia do pedido de cassação do mandato de Sérgio Mouro acontece no dia em que está agendada uma reunião entre o ex-juiz e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante a campanha de reeleição do Chefe do Executivo Federal, o seu ex-ministro fez uma forte campanha de apoio, com, inclusive, participação em bastidores de debates.
Segundo a coluna Guilherme Amado do site Metrópoles, uma das pautas do encontro é o pedido de Moro para que Bolsonaro o ajude a entrar no PL. Contudo, de acordo com o colunista, o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, é radicalmente contra a entrada de Moro no partido.
A migração, diz a coluna, acontece porque a situação do senador eleito no união Brasil teria se tornado insustentável com a aproximação da legenda com o Partido dos Trabalhadores, inclusive discutindo sobre a possibilidade de ocupar ministérios na gestão petista.
Fonte: Atarde