CPI da Kombi Amarela: entenda o que aconteceu na coletiva de imprensa da Câmara Municipal
Na tarde desta sexta-feira, 29, no Plenário da Câmara de Mucuri, a Comissão Processante 150/2021, que investiga denúncia de suposta infração político-administrativa em desfavor do prefeito municipal Roberto Carlos Figueiredo Costa, o ‘Robertinho’ (União Brasil/DEM), realizou uma Coletiva de Imprensa, objetivando prestar esclarecimentos à população. A Coletiva foi transmitida em tempo real pelas mídias sociais da Câmara Municipal. A Comissão é formada por três parlamentares: Jonathas Gomes Azevedo, o Dhow da Divisa (PROS) presidente; Willian Crisma (Republicanos), relator e Alexandre Deolinda Seixas, o Xandão Seixas (PSC), como membro.
O vereador Dhow da Divisa iniciou a Coletiva com um breve relato do recebimento, acatamento da denúncia e instauração da Comissão Processante. O vereador Xandão Seixas também fez uma breve explanação sobre o rito dos trabalhos da comissão, mencionando a ordem cronológica das ações até o momento. Foi mencionada a viagem em que os membros da Comissão fizeram à cidade de Gandu-BA, onde encontraram a Kombi Amarela, ano 1989 placa JNG-2024 de propriedade do senhor Antônio de Jesus, o qual afirmou não ter qualquer vínculo de prestação de serviço com a Prefeitura de Mucuri.
Perguntas sem respostas
Para a maioria das perguntas de cunho técnico, formuladas pelos representantes da imprensa, que buscavam entender os detalhes da investigação para melhor informar a população, não houve – conforme pode ser conferido no vídeo -, plausibilidade e clareza nas respostas do presidente da Comissão, precisando ser auxiliado pelo vereador Xandão Seixas em várias oportunidades. Em vários momentos, os membros da Comissão faziam apelos eloquentes à população para que “encontrassem o prefeito”. Conduta que deixou evidente a real motivação da coletiva de imprensa que era, propositalmente causar um bochicho político apenas, com compromisso zero perante à população. Ao invés da seriedade, demonstraram demagogia com o processo.
Perguntado sobre quem recebeu os valores pagos irregularmente pelos serviços que não foram prestados pela Kombi Amarela, a comissão não conseguiu esclarecer. Assim como também não conseguiu esclarecer o ponto de partida da denúncia, pois sequer ouviu ainda o denunciante Jorge Roberto Kock Fereguetti (REDE) – no mínimo, estranho, conotando-o como um agente meramente figurativo nesta peça.
Perguntado sobre evidências que podem levar à cassação do mandato do prefeito, a comissão afirmou não possuir nenhuma materialidade que configure erro insanável.
Sobre a defesa prévia apresentada pelo denunciado, o prefeito Robertinho, e protocolada no dia 13/10, apesar de ser citada na Coletiva, quando perguntado pelo teor do seu conteúdo, a Comissão só soube informar que o prefeito confirma em sua defesa que a Kombi amarela nunca prestou serviço no município.
O que a Comissão não falou
Os membros da comissão não falaram o que eles já sabem, que a história da Kombi é um erro sanável e que a empresa apenas fez uma confusão ao fornecer uma placa de um carro antigo ao invés do carro novo que serve o município, mas o que importa é causar a instabilidade no município. No entanto, informações dão conta, que o prefeito ao tomar conhecimento desta irregularidade ainda no mês de março, informado pela própria empresa prestadora de serviço, a Rengel Radio Taxi LTDA, exigiu que fosse tomada as devidas providências e que a empresa admitiu o equívoco ao fornecer a lista das placas de veículos. Ocorrendo que, ao enviar a cópia da documentação de um veículo Volkswagen Gol, equivocadamente, enviou cópias dos documentos da Kombi que, segundo a empresa, já foi de sua propriedade, mas que foi vendida há tempos atrás na cidade de Wenceslau Guimarães.