Geral

Mucuri: Falta de atenção do Governo Municipal pode fechar Casa de Recuperação de Dependentes Químicos

drogas

O Projeto Libertar, casa de recuperação de dependentes químicos, localizado em Mucuri, no quilômetro 3 da BA 698, foi fundado no ano de 2008.

Como mentor e gestor deste Projeto está o Radialista, Assistente Social e militante das causas sociais em nosso município, Juca Andrade. O projeto tem como entidade mantenedora a Associação Semear, fundada pelo próprio Juca Andrade e  o Pastor Marcos Alberto, que também é radialista. Hoje, a Associação Semear tem como presidente o Sr. Márcio Santos e como diretor institucional, Juca Andrade, que também é Apicultor e presidente do Sindicato dos Radialistas do Extremo Sul da Bahia.

Juca tem se dedicado e se desprendido de todos os seus prazeres pessoais para manter este projeto de pé há oito anos. O Projeto tem sobrevivido por todo este tempo devido ao grande empenho da sociedade, das entidades religiosas: católicos, evangélicos, espíritas e demais sociedades organizadas como a Maçonaria.

Mas, como é sabido por todos, toda ajuda, neste caso, ainda é pouca, devida a complexidade do tratamento. Com alojamentos precários, falta de mão de obra (profissionais capacitados), o alto custo do aluguel e conta de luz, os recursos financeiros fazem muita falta para poder tocar um projeto desta natureza.

São nestas horas que se recorrem ao poder público, a saber ao Executivo Municipal, que sempre fez vista grossa às questões de prevenção e tratamento de dependentes de álcool e outras drogas.

Vale lembrar que em 2009, Rubem Gama – este blogueiro -, através do vereador Manoel Negino Cruz, então presidente da Câmara, do qual era assessor, apresentou um Anteprojeto de Lei criando o COMAD – Conselho Municipal Anti Drogas que, após ser aprovado por unanimidade pelos seus pares, foi engavetado pelo já prefeito Paulinho de Tixa, impedindo assim, o desenvolvimento e criação de políticas públicas voltadas para a questão das drogas em nosso município. Uma atitude flagrante de descaso e falta de compromisso com a causa.

Hoje a droga é considerada uma das maiores epidemias do planeta. Por isso, não dá para entender a falta de interesse do prefeito Paulinho de Tixa em fazer sua ‘pequena’ parte nesta grande empreitada, e que é de responsabilidade de todos nós.

No ano de 2014, o vereador recém-eleito, Gustavo da Construsul, juntamente com os irmãos da Maçonaria, demonstrando interesse em ajudar, elaboraram um projeto com o mesmo teor do apresentado antes por Rubem Gama, sendo mais uma vez aprovado por toda edilidade e, por força da influência da Maçonaria, foi sancionado pelo prefeito. Porém, ainda não saiu do papel. Existe a lei, mas, depende do prefeito para regulamentá-la. Resumindo: O Conselho existe de direito, mas, não de fato.

Contudo, a única Casa de Recuperação que existe em Mucuri é ignorada pelo prefeito Municipal, que nunca sequer moveu uma palha para ajudar na manutenção daquele Projeto, que tem tirado muitas vidas de uma das maiores desgraças que é a dependência do álcool e outras drogas.

O Projeto Libertar, hoje, vive a míngua e na iminência de fechar as portas.

O Governo Federal disponibiliza verbas destinadas a manutenção deste tipo de “Comunidade Terapêutica” como são denominadas estas casas. Porém, para que esta verba chegue ao destino fim, é necessário que se crie políticas públicas que tenham como alvo a prevenção e o tratamento de dependentes de álcool e outras drogas. Por esta razão, que o prefeito Paulinho de Tixa é considerado um homem insensato e medíocre, a partir do momento em que não se preocupa e nem age para minimizar o sofrimento tanto dos “doentes” quanto dos seus familiares.

Esperamos que o próximo prefeito, seja, Koch Fereguetti, Carlos Simões, Fábio da Cerâmica, Fernando Santa Marta ou Juca Andrade, faça o melhor para Mucuri e olhe para as questões sociais mais críticas com olhos humanos, de misericórdia, de amor e que tenham atitudes e coragem para romper com os “vícios”, que no caso de Mucuri, não são só de álcool e drogas, mas sim, da corrupção, do engano, da fraude, do encabrestamento do povo, da mentira e do enriquecimento ilícito.

Rubem Gama é jornalista, Servidor Público na Prefeitura de Mucuri, Conselheiro Municipal de Saúde, Acadêmico de Direito na FASB – Faculdade do Sul da Bahia.drogas

Rubem Gama

*Servidor público municipal, acadêmico de Direito, jornalista (MTB nº 06480/BA), ativista social, criador da Agência Gama Comunicação e do portal de notícias rubemgama.com. E-mail: contato@rubemgama.com

Deixe uma resposta