Polí­tica

Pol: O partido que mais cresce no país pode surpreender nas eleições de 2016 em Mucuri

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Desde as eleições de 2012, com especial intensidade a partir de 2013, ano marcado pelas chamadas “jornadas de junho”, o Psol – Partido Socialismo e Liberdade tem sido uma das legendas que mais crescem em número de filiados no Brasil. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, de 2010 até o momento atual o partido contabiliza estrondosos 276% de crescimento, média de 55% ao ano para o período. No Distrito Federal, os percentuais praticamente se repetem: aumento de 273% no número de filiados no mesmo período, média de 54% ao ano. É de amplo conhecimento que o partido igualmente avançou presença em mandatos parlamentares, prefeituras e entidades de classe. Em todo o país, desde 2010, o pequeno Psol tem visto praticamente dobrar seus percentuais de voto.
Há explicação para o fenômeno. O amadurecimento e fortalecimento político da legenda jogam papéis cruciais nesse avanço. A defesa e prática da ética na política, aliada a uma linha política combativa e estridente em defesa das minorias, dos trabalhadores e do meio ambiente, fez crescer a simpatia da população pelo partido, especialmente entre os mais jovens. Seus parlamentares, recorrentemente premiados e reconhecidos por sua militância aguerrida, concorde-se ou não com suas posições, notoriamente representam a cota que resta de seriedade, coerência e resistência aos desmandos do poder a ocupar as agonizantes e caquéticas instituições do sistema político brasileiro.
Em Mucuri, o representante maior do partido, Kock Feregueti, preside a sigla desde 2006 e, desde então, vem fazendo oposição velada a forma de governar dos políticos locais, inclusive, pleiteando o cargo de prefeito por duas eleições consecutivas.
Na eleição de 2008, Kock Feregueti, obteve apenas 77 votos. Na eleição seguinte, 2012, Kock teve um crescimento de 1000% e garantiu 764 votos. Vale lembrar que o candidato do Psol, em nenhuma dessas eleições, fez qualquer tipo de coligação com outros partidos, lançando sempre uma chapa “puro sangue”, contra chapas gigantescas compostas por um sem número de partidos.
Para se ter noção da desigualdade na concorrência das eleições de 2012, o candidato do Psol declarou seus gastos de campanha ao TSE no valor de R$40.821,44, enquanto a legenda vencedora do pleito constou como gastos de campanha em sua prestação de contas o montante de R$480.991,61, portanto, uma campanha doze vezes mais cara, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral.
Apesar de não ser tema da nossa matéria de hoje, devo dizer que o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais acabaria de uma vez com essa disparidade causada pelo abuso do poder econômico nas concorrências eleitorais.
Nas eleições municipais de 2016, uma possível aliança do Psol com Carlos Simões seria providencial para ambas as partes. Pois, se de um lado temos o candidato querido e aclamado pelo povo – o Doutor -, do outro temos a sigla que representa a moral e a ética na política brasileira na atualidade.
Por Rubem Gama

Rubem Gama

*Servidor público municipal, acadêmico de Direito, jornalista (MTB nº 06480/BA), ativista social, criador da Agência Gama Comunicação e do portal de notícias rubemgama.com. E-mail: contato@rubemgama.com

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